Servidores da Subseção Judiciária Federal de Garanhuns irão realizar, nesta quinta-feira (11), às 11h, um ato pacífico em frente à sede da Justiça Federal. O movimento busca chamar atenção para a necessidade urgente de incluir Garanhuns no Ato Conjunto nº 3 do TRF5, que reconhece localidades de difícil provimento no âmbito da 5ª Região.

A subseção atende 23 municípios por meio da 23ª e da 32ª Varas Federais e enfrenta um cenário crítico de rotatividade de servidores, sobrecarga de trabalho, falta de continuidade administrativa e dificuldades logísticas — especialmente para Oficiais de Justiça, que percorrem grandes distâncias para cumprir mandados em áreas remotas, de difícil acesso e, muitas vezes, sem condições adequadas de segurança.

Os servidores defendem que Garanhuns apresenta todas as características de uma localidade de difícil provimento: está inserida no semiárido, possui baixo índice de desenvolvimento humano, enfrenta desafios de deslocamento, limitações na rede de saúde, problemas de segurança pública e apresenta, historicamente, grande evasão de servidores e magistrados. Essa realidade, segundo o grupo, compromete de forma direta a qualidade do serviço público prestado à população dos 23 municípios da região.

A reivindicação também se apoia no princípio da isonomia, já que outras instituições, como o Ministério Público da União, adotam parâmetros territoriais e sociais para reconhecer e compensar servidores lotados em áreas com condições adversas. Para o movimento, tratar as carreiras de modo equilibrado é fundamental para garantir continuidade administrativa, eficiência e dignidade no exercício das funções.

A inclusão de Garanhuns no Ato Conjunto nº 3, afirmam os servidores, representaria um passo decisivo para reduzir a evasão, estabilizar equipes, melhorar fluxos de trabalho e fortalecer a entrega da Justiça Federal no interior. Mais do que um pleito corporativo, o ato é apresentado como uma defesa da cidadania e da qualidade do serviço público, especialmente em regiões que dependem diretamente do comprometimento dos servidores para garantir acesso à Justiça.

O movimento destaca que a mobilização é institucional, pacífica e apartidária, com objetivo de sensibilizar a administração do TRF5 para a correção de uma distorção histórica e urgente. A expectativa é de que o diálogo avance e que a realidade específica da região seja finalmente reconhecida.


 

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